sábado, 31 de dezembro de 2011

2012: Ano do quê mesmo?


Por Hermes Fernandes

Todos os anos é a mesma coisa. Os líderes eclesiásticos anunciam a "palavra profética" que guiará seus ministérios durante o decorrer do novo ano. Geralmente são frases de efeito tais como "Ano da Dupla Honra", "Ano da Conquista", "Ano da Multiplicação", "Ano da Restituição", etc.

Eles bem que poderiam ser um pouco mais criativos, lançando frases como "Ano da Humildade","Ano do Amor ao próximo", ou "Ano do Perdão", e admitir que não se trata de palavras proféticas, mas tão-somente de slogans cujo objetivo é atrair o interesse das pessoas para os seus ministérios. Tudo não passa de marketing.

Mas quem se sentiria atraído por tais slogans? Quem está interessado em servir ao semelhante, perdoar os inimigos, andar humildemente? Todos querem mesmo é ter suas necessidades supridas, seus desejos saciados, seus sonhos realizados.

Enquanto isso, entidades seculares lançam campanhas de conscientização contra o racismo, a corrupção, a devastação do meio-ambiente, etc. A Igreja Católica, por seu turno, lança campanhas falando de solidariedade, fraternidade e até de ecologia.

Se a igreja evangélica não der uma guinada de 180 graus, vai acabar perdendo o pouco que lhe resta de credibilidade e pertinência.

O fato é que, tornamo-nos agremiações religiosas anacrônicas, centradas em seu próprio umbigo, indiferentes às demandas da sociedade. Só damos a cara a tapa quando o assunto é de ordem moral, como o homossexualismo. Não estamos preocupados com a corrupção crônica de nossa sociedade, nem com questões éticas e sociais. Nossas marchas são sempre com a intenção de demonstrarmos nosso capital político, a fim de barganharmos com os poderes constituídos. Não somos boca para os mudos, nem mãos estendidas para os excluídos.

As igrejas deixaram de ser voz profética em favor do oprimido, para tornarem-se franquias de ministérios megalomaníacos, cuja mensagem é pasteurizada, os cultos padronizados, e os obreiros (cópias fiéis de seus líderes) produzidos em série numa escala industrial. Por isso, sucursais (não congregações) pipocam a dois por um em todo território nacional.

O mundo nos menospreza, e não sem razão. Deveríamos nos envergonhar desse triunfalismo infantil e barato, voltando-nos para fora de nós mesmos, isso é, na direção do outro, de suas necessidades, de seus questionamentos.

Em Sua primeira aparição pública após o batismo, Jesus escolheu uma passagem das Escrituras e leu-a em plena sinagoga, usando-a como anúncio de intenção do Seu ministério:


"O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu para anunciar boas-novas aos pobres. Enviou-me para proclamar liberdade aos cativos, dar vista aos cegos, para libertar os oprimidos, e anunciar o ano aceitável do Senhor." Lucas 4:18-19

Infelizmente, fazemos uma leitura espiritualizada desta passagem, perdendo sua essência subversiva e revolucionária. Os pobres em questão não eram pobres espirituais, e sim vítimas daquele sistema corroído pela injustiça. Além de pobres, Jesus também os chama de cativos, cegos e oprimidos. Aquele era o anúncio da chegada de um novo tempo, chamado de "Ano aceitável do Senhor". Tratava-se da proclamação da chegada do Reino de Deus, em que vigoraria a graça, e que priorizaria os excluídos e marginalizados pelo sistema.

Acabando de ler essa passagem, Jesus "fechando o livro, devolveu-o ao assistente e assentou-se. Os olhos de todos na sinagoga estavam direcionados para ele. Então começou a dizer: Hoje se cumpriu esta Escritura que acabastes de ouvir" (vv.20-21).

Aquele "ano aceitável" ainda não terminou. Independentemente do calendário a que estamos submetidos, aquela palavra não perdeu sua vigência. É sob ela que a igreja cristã deve avançar, ignorando agendas políticas e ideológicas, e promovendo a subversão reinista.*

O problema não é adotarmos slogans, lemas anuais, ou coisa parecida. O problema é perdermos o foco, voltando-nos para nossos projetos pessoais em detrimento do projeto do Reino. A igreja Reina, à qual sirvo como bispo, também adota lemas anuais. O deste ano é "Escolhidos para acolher os esquecidos". Com este lema, queremos enfatizar o fato de que, se fomos escolhidos, não foi para viver em função de nós mesmos, e sim, para abraçar os rejeitados. A escolha soberana de Deus não deve ser vista apenas como um privilégio, mas como um voto de confiança. Porém, para nós, este não é o "Ano dos Escolhidos" ou coisa parecida. Mas continua sendo o "Ano aceitável do Senhor".

Espero que esta reflexão contribua para o amadurecimento da igreja cristã no Brasil.

Tenham todos um 2012 surpreendente, repleto de amor, sinceridade, perdão, fidelidade, e todas as virtudes  impressas em nosso caráter pelo Espírito da Graça.

* reinista = alusivo ao reino de Deus

Do Blog do Autor: Hermes Fernandes

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Quantos Reis desceriam de seus tronos por mim?


UMA LINDA CANÇÃO SOBRE O VERDADEIRO NATAL


Siga a estrela para um lugar inesperado
Você acreditaria depois de tudo que nós temos projetado?
Uma criança em uma manjedoura

Humilde e pequeno, mais fraco de todos
Herói inigualável, enrolado no xalé de sua mãe
Apenas uma criança
É isto que estávamos esperando?

Porque...quantos reis desceriam de seus tronos?
Quantos senhores abandonariam as suas casas?
Quantos grandes nomes se tornariam menores por mim?
Quantos Deuses derramariam seu coração
por amor a um mundo despedaçado?
Quantos pais desistiriam de seus filhos por mim?

Trazemos nossos presentes ao salvador recém-nascido
Tudo o que temos que seja caro ou suave
Porque nós cremos
Ouro por sua honra e incenso para seu prazer
E mirra para a cruz que ele vai sofrer
Você acredita, é isso que estávamos esperando?
É quem estávamos esperando!

Porque...quantos reis desceriam de seus tronos?
Quantos senhores abandonariam as suas casas?
Quantos grandes nomes se tornariam menores por mim?
Quantos Deuses derramariam seu coração
por amor a um mundo despedaçado?
Quantos pais desistiriam de seus filhos por mim?

Tudo por mim!

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Chilenos, argentinos e uruguaios são mais felizes que brasileiros, diz estudo.


Na América do Sul, chilenos, argentinos e uruguaios são mais felizes que brasileiros.
É o resultado de uma pesquisa feita pelo instituto Legatum com a participação de 110 países
 e que avaliou aspectos como acesso à educação e à saúde, quantidade de casamentos e divórcios, liberdade política e religiosa, nível de emprego, poder aquisitivo, burocracia, etc.
O Brasil ficou em 42º. Chile (31º) e Argentina (39º) ficaram na frente no ranking de felicidade. E os 10 primeiros foram:
1) Noruega
2) Dinamarca
3) Austrália
4) Nova Zelândia
5) Suécia
6) Canadá
7) Finlândia
8 ) Suíça
9) Holanda
10) Estados Unidos